Artificialmente natural
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Naro Pinosa |
Artificialmente físico, mental e
paradisíaco. Preste atenção: da pele, da pele. Sem ela não há ele, não há coisa
santa, carne branca, plástico perfeito, flácido concreto, sintético eleito,
paralisia, solução aquosa: beijo. Não há. Nem poesia-esbórnia, brotação gratuita,
senso. Naturalmente gástrico, de comer, de botar pra dentro e ceder o ventre,
incorporar, penetrar, sofisticar o lixo, virar um, absorver alvorecendo, engordar
daquilo, dele, sim. Sápido: suas
moléculas.
Naturalmente inteiro, distante,
frouxo, incoerente. Artificialmente meu.
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